Rinite alérgica: Quais os sintomas e como identificar
A rinite alérgica é normalmente associada a sintomas como a congestão nasal, espirros e tosse, e esses são, de facto, indícios bastante comuns da mesma. No entanto, existem ainda mais sinais que podem apontar para esta doença respiratória. Continue a ler para descobrir mais sobre os sintomas e o diagnóstico da rinite alérgica.
Quais são os sintomas da rinite alérgica?
- Congestação nasal, corrimento e dificuldade em respirar
A rinite alérgica afeta principalmente o seu nariz e cavidades nasais. Por isso, é bastante provável que tenha o nariz entupido e sinta alguma dificuldade em respirar. Isto acontece porque as membranas mucosas no revestimento das suas cavidades nasais incham e, como tal, torna-se mais difícil inspirar e expirar.
- Dor de garganta, tosse e expetoração
Após o contacto com um determinado alergénio, os seus seios nasais poderão ficar congestionados e, muitas vezes, isso leva ao acontecimento de outro sintoma: a drenagem retronasal. O nome pode não lhe ser familiar, mas é bem provável que já tenha experienciado esta drenagem. Esta acontece quando sente o muco extra que o seu organismo está a produzir a descer até à parte posterior da sua garganta e a acumular-se aos poucos.
Como consequência da drenagem retronasal, poderá ter dores de garganta, sentir uma necessidade constante de limpar a garganta, ter tosse (que se agrava durante a noite), mau hálito e até algumas náuseas.
- Dor de cabeça
Todos nós já tivemos dores de cabeça e existem muitas razões que poderão estar por trás deste problema tão comum – incluindo a rinite alérgica. Apesar de ainda não haver consenso médico acerca da relação entre a rinite e dores de cabeça, sabe-se que quando o seu sistema imunitário liberta a histamina para combater o alergénio, pode acabar por causar uma inflamação em várias partes do seu corpo, incluindo a cabeça.
Dores de cabeça causadas por uma reação alérgica costumam ser latejantes e sentir-se também nos seios nasais e, em alguns casos, no rosto inteiro.
Para além disto, assoar o nariz constantemente pode também contribuir para as suas dores de cabeça.
- Problemas de sono e fadiga
Provavelmente já sentiu dificuldade em adormecer ou dormir sem interrupções por ter o nariz entupido ou com corrimento. É por isso mesmo que a rinite alérgica pode ter consequências na sua qualidade de sono.
Para muitas pessoas, a obstrução nasal é o pior dos sintomas, pois impede muitas vezes uma boa noite de sono. Quando não tratada, esta doença respiratória pode levar à fadiga e, em última análise, afetar negativamente o seu bem-estar e produtividade no trabalho ou escola.
- Relação com a asma
Mesmo sendo independentes, a rinite alérgica e a asma alérgica estão por vezes interligadas. isto deve-se ao fato de ambas serem manifestações da alergia respiratória. Ambas as doenças são alérgicas e atuam na mesma via, que se inicia no nariz e vai até o interior dos pulmões.
Febre e refluxo: dois sintomas equivocadamente associados à rinite alérgica
Existem alguns sinais que o podem levar a assumir que tem rinite alérgica mas que, na verdade, não têm qualquer relação com a doença.
A febre é um deles: afinal, a rinite alérgica é também conhecida por febre dos fenos. No entanto, uma alergia não deverá levar à subida da temperatura corporal.
O refluxo silencioso é outro: uma vez que causa dores de garganta e drenagem retronasal, este problema é facilmente confundido com a rinite. No entanto, o refluxo não causa espirros, comichão nos olhos ou corrimento nasal, o que o diferencia da rinite.
Como é identificada a rinite alérgica?
O seu médico de família poderá conseguir fazer o seu diagnóstico através de uma consulta.
Numa primeira fase, o médico irá reunir informação relevante e, para tal, deverá perguntar-lhe se sabe que fatores costumam levar à reação alérgica e se existe um histórico de rinite na sua família. Depois, o médico deverá examinar as suas narinas e verificar se existem pólipos nasais nas mesmas ou se o seu revestimento nasal apresenta algum inchaço.
Após estas duas primeiras fases, o seu médico irá optar por receitar-lhe um anti-histamínico ou sugerir um teste de alergias. Caso lhe seja sugerido um medicamento após a primeira consulta, terá de prestar atenção à forma como o seu organismo responde ao tratamento. Se os sintomas começarem a diminuir, muito bem. Se não notar diferença após o período indicado pelo médico, é provável que os sintomas não estejam a ser causados por uma alergia e é importante voltar a procurar ajuda profissional para entender o que se passa.
No caso de a sua primeira consulta não levar a resultados concretos, o seu médico de família irá indicá-lo a um especialista em alergia e imunologia (ou a um dermatologista), que irá então realizar o teste de alergia que referimos há pouco. Existem diferentes tipos de testes cutâneos, mas um dos mais comuns é o da picada, ou prick test. Durante este exame, o profissional faz pequenas picadas no seu braço, separadas por dois a cinco centímetros, e coloca diferentes alergénios em cada uma delas. Se se verificar uma reação positiva a alguns dos alergénios (isto é, vermelhidão em alguma das picadas), conseguirá entender-se o que causa a sua rinite alérgica.
Se o teste cutâneo também não levar a respostas definitivas, ou mesmo antes de os efectuar, o médico poderá optar também por fazer análises ao sangue específicas para os diversos alergénios (RASTs).